Os visitantes disfarçados do Tour de France: "São três semanas em que volto a ser criança, em que só vejo pessoas felizes por estarem ali."

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O Tour de France não é só ciclismo. É também sobre dezenas de milhares de pessoas aglomeradas nas beiras das estradas todos os dias, torcendo, comendo, cantando e dançando. E, às vezes, se fantasiando. Essas fantasias contam uma história. Neste episódio, Rémy, o papagaio de 28 anos, professor de história e geografia que ele conheceu na estrada para Dunquerque (Nord), fala sobre como a corrida "o recarrega para o ano".
Acompanho o Tour de France com meu pai desde 2020, quando ele comprou um trailer. Naquele ano, fomos acompanhar uma etapa no Tour-d'Auvergne. Pela primeira vez, eu já estava fantasiado: me vesti de Napoleão, com um chapéu bicornudo e uma bandeira francesa que servia de capa. Como escrevi minha tese de história sobre Napoleão, foi um aceno.
Nos divertimos tanto que recomeçamos. E decidimos nos fantasiar o tempo todo na beira da estrada. Meu pai e eu fomos a uma loja de fantasias em Clermont-Ferrand (Puy-de-Dôme) e compramos a mesma roupa. Na hora de escolher, descartamos as que já existiam: o diabo, claro, mas também palhaços, Getafix ou Obelix, que você vê muito na TV.
Libération